domingo, 18 de abril de 2010

Cais ao entardecer

Águas paradas

estendem-se diante de mim

num sorriso rosa púrpura.

Breves ondas

levantam-se da ria

perseguindo um voo rasante de garça.

Um barco corta à deriva

empurrando uma onda de prata que cai

Desolada

na margem, junto a mim.

Olho um mastro de um barco

que sustenta o céu,

e admiro a sua força sideral.

Quero ser um remo que mergulha e vem respirar...

Que impulsiona e faz ondular...

Quero ser um grito de ave nocturna que se desprende do luar.

rla