O dia já desaparecia embrulhado numa névoa doce, de figos maduros e uvas passas.
O Ti Diano
ofegava, no seu passo lento e ritmado de regresso a casa.
O arrastar do corpo como
o de um militar no fim de uma batalha. A camisa por fora das calças,
desabotoada e suja. A cara tisnada com o pó transformado em lama pelo suor.
As
mãos negras e grossas.
A enxada encostada ao ombro como uma arma.
Eu fazia os
deveres da escola, debruçado na laje que servia de varanda ao cimo das escadas.
- Estuda rapaz! Estuda para seres um homem — desabafava o Ti Diano, sem nunca olhar para mim.
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