domingo, 6 de dezembro de 2015

percurso poético III




Um remoinho de folhas dança aos meus pés à medida que avanço pela rua. Está uma manhã luminosa e amena, distante das memórias dos dias de novembro que me obrigavam a embrulhar em casacos e lenços de algodão.

O ar perfumado pelo despertar ainda ténue da natureza.

Alguém, algures num prédio de doze andares, espera por mim para uma reunião de trabalho. O meu corpo rejeita o habitual percurso e leva-me instantaneamente pela terra batida de um jardim. Um caminhar desprendido e prazeroso sob os raios de sol que perfuram as copas das árvores.

Quando entrar no gabinete, de sorriso aberto na cara, com certeza que ninguém irá acreditar na desculpa irreal do trânsito...






rla

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